portugal – Comida Com Afeto https://www.comidacomafeto.com Fri, 03 Mar 2023 13:52:21 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.2.6 https://www.comidacomafeto.com/wp-content/uploads/2021/02/cropped-icon-1-32x32.png portugal – Comida Com Afeto https://www.comidacomafeto.com 32 32 48 horas em Lisboa https://www.comidacomafeto.com/48horas-lisboa/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=48horas-lisboa https://www.comidacomafeto.com/48horas-lisboa/#respond Sat, 18 May 2019 09:00:13 +0000 http://www.comidacomafeto.com/?p=7594 Dizem por aí que Lisboa é a cidade dos sonhos: bem localizada, cosmopolita, diversa e com um ótimo clima mediterrâneo… Apesar de tudo isso, Lisboa não é uma cidade muito grande: é possível conhecer os pontos principais e também alguns spots mais desconhecidos pelos turistas em apenas 48 horas. Para isso é preciso organização – defina o que você irá fazer e trace um roteiro. Mas o que listo aqui é apenas um roteiro com os locais que acho imperdíveis em Lisboa, que você pode usar como um guia inicial – mas esteja sempre aberto a fazer alguns desvios pelo caminho, já que Lisboa é cheia de surpresas, portanto, não deixe de entrar em várias ruas e vielas durante seu trajeto. Porque Lisboa é assim: sempre algo novo a ser descoberto. Aqui neste post vou compartilhar um roteiro para visitar o melhor de Lisboa em 48 horas.

Veja AQUI o post completo: Onde Comer em Lisboa

# ROTEIRO PARA AS PRIMEIRAS 24 HORAS

Para o primeiro dia, que tal explorar a Baixa e o Chiado? Um bom lugar para começar o dia: MIRADOURO DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA – linda vista, ar puro e alto astral. De lá, caminhe até o CONVENTO DO CARMO, o lindo edifício de arquitetura gótica que já foi a principal igreja da cidade, atingido pelo terremoto de 1755. As ruínas da nave da Igreja são lindíssimas. Em seguida, vá até o ELEVADOR DE SANTA JUSTA: a estrutura metálica do elevador é super interessante e ele te leva até a cidade alta, onde você pode admirar a vista deslumbrante sobre a cidade.

Depois do elevador, é interessante caminhar um pouco pelas ruas do centro histórico – e que tal uma pausa para um café + pastel de nata? Vá até a MANTEIGARIA e se esbalde! De lá, caminhe pela baixa, sentido Cais, passando pelo Arco da Rua Augusta e chegando até a PRAÇA DO COMÉRCIO: um local mega histórico da cidade, já que lá ficava o Palácio Real. No térreo dos edifícios tem alguns bares e restaurantes – onde com certeza você encontrará um bom lugar para fazer uma pausa para um café ou até almoço [depende do seu ritmo].

PRAÇA DO COMÉRCIO

Passeie um pouco pelo CAIS: é muito bonito e super alto astral! Siga até a Rua Nova do Carvalho, a famosa RUA ROSA: rende boas fotos! Essa rua tem uma super agitação noturna, com vários bares – no passado, um destino de prostituição, e hoje, já restaurada, é um espaço de encontro e convivência. Logo ali pertinho está o TIME OUT MARKET LISBOA: um mercado super grande que na verdade é uma enorme praça de alimentação, com restaurantes de comida tradicional portuguesa e outras opções mais convencionais. Uma parada imperdível para o almoço!

A uma quadra de distância está o ELEVADOR DA BICA, então, já que está em Lisboa, faça um passeio de bondinho! Você pode descer onde quiser, mas seria interessante continuar seu passeio onde você pegou o bondinho e ir caminhando até o MIRADOURO DE SANTA CATARINA – faça uma pausa para descansar e admirar o Por do Sol, é sensacional! E se quiser emendar a noite pelo CHIADO, saiba que tem ótimos bares para uns coquetéis e também restaurantes para um jantar bem bacana! Veja AQUI o post completo: Onde Comer em Lisboa



# ROTEIRO PARA AS últimas 24 HORAS

Depois de explorar toda a região da cidade, que tal partir para outras áreas? Para o seu segundo dia em Lisboa, sugiro visitar Belém e seus arredores. Fica um pouco afastado do centro da cidade para ir caminhando, mas você pode ir de Tram. Visite a TORRE DE BELÉM, o PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS e o MOSTEIRO DOS JERÔNIMOS [se você nunca visitou um mosteiro, visite este: o edifício de arquitetura gótica é deslumbrante e a história é sempre muito interessante]. E se quiser comer pastel de nata novamente [e acho que você deve!], passe na tradicional PASTÉIS DE BELÉM – são sempre deliciosos e quentinhos e o café também é ótimo. Vale ir até o MAAT: é um museu que fica em uma antiga central de eletricidade de Lisboa. Eu não entrei no museu, mas acho que vale ver o edifício por fora, é interessantíssimo e tem muitos detalhes construtivos bem bacanas de se observar.

Se quiser conhecer a ‘Lisboa Cool’, visite a LX FACTORY: um antigo complexo industrial que ficou um tempão abandonado, até que foi muito bem restaurado e agora abriga centenas de lojas, restaurantes, cafés, espaços colaborativos, workshops e até espetáculos de dança e música – muito interessante.

Ok, rumo agora ao outro lado da cidade. Mas no caminho, pare na SÉ DE LISBOA [caso você não o tenha feito no dia anterior, a igreja é lindíssima] e também no CASTELO DE SÃO JORGE. Que tal visitar ALFAMA e seus encantos? Digamos que Alfama tem assim…um charme meio decadente! Perca-se pelas coloridas vielas e termine o dia com outro pôr do sol: desta vez no MIRADOURO DAS PORTAS DO SOL. Para emendar a noite por lá mesmo, vá a algum bar de Fado – tem muitos!


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Onde comer em Lisboa https://www.comidacomafeto.com/ondecomer-lisboa/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=ondecomer-lisboa https://www.comidacomafeto.com/ondecomer-lisboa/#comments Thu, 27 Dec 2018 10:00:28 +0000 http://www.comidacomafeto.com/?p=7193 O cenário gastronômico em Lisboa está incrível: inventivo, vibrante e aproveitando o melhor dos ingredientes locais – a variedade de restaurantes servindo pratos a base de fresquíssimos peixes e frutos do mar de qualidade é enorme, desde os pratos mais tradicionais da culinária portuguesa a pratos mais criativos executados por chefs engajados com seus ingredientes e cheios de técnicas. Uau mesmo, fiquei muito impressionada com as opções de onde comer em Lisboa na última vez que visitei a cidade [novembro/2018].

Além, claro, dos restaurantes tradicionais, há ótimos restaurantes brasileiros, mexicanos, talilandeses, padarias com ótimos cafés e pães de fermentação e, claro, as peixarias. Até um Izakaya com um menu mega interessante eu vi por lá. Sensacional, quando fui embora pensei que deveria ter ficado mais dois dias. Mas se eu ficasse mais dois dias, certamente pensaria que deveria ter ficado mais 4 dias. É uma bola de neve… Aqui vai minha lista com minhas recomendações de onde comer em Lisboa.

#1 Água pela Barba

Um pequeno e aconchegante restaurante em uma rua super escondida, serviço atencioso e com um menu tão atraente que você logo pensa ‘quantas vezes tenho que voltar aqui para provar todo o menu?’. Pra mim esse é um resumo do Restaurante Água pela Barba. A ideia é compartilhar pequenos pratos de ‘petiscos’ mega elaborados e cheios de sabor: eu achei tudo muito atraente, vibrante e irreverente – cada garfada é mergulho de sabor no paladar….ai, ai… O menu é dividido em Miudezas e Grandezas, tudo para partilhar – nos jogamos em 4 das Miudezas [e foi super suficiente para 2 pessoas famintas e de paladar aventureiro]: Tacos de Salmão [com taco de casca dura, bem crocante e peixe cru temperado de forma a te fazer querer ir a cozinha e dar um grande abraço na equipe], Tiradito de Atum [outra vez quis abraçar todo mundo], Arancinis de Tinta de Lula, Pesto e Mozarela [deliciosos!] e o Bao de Sapateira [Bao é aquele pãozinho chinês cozido no vapor, porém este apresentava textura um pouco diferente e igualmente deliciosa, Sapateira é uma espécie de caranguejo bem comum em Portugal – que prato delicioso!]. Para beber, uma garrafa de vinho verde na temperatura corretíssima. Talvez seja bom fazer reserva – chegamos cedo e tinha mesa, mas notei que depois das 20 horas enche um pouco.

BAO DE SAPATEIRA – NHAC!

#2 A Cevicheria

Comer bem é muito importante pra mim. Tanto no meu dia a dia – quando gosto de comer algo simples, fresco e feito em casa – quanto quando vou a um restaurante, buscando sempre novas experiências, e não somente me alimentar. E na Cevicheria, em Lisboa, rola uma experiência incrível, começando pelo fresquíssimo Ceviche de Atum com Lichia, Leche de Tigre, Purê de Feijão Azuki, Tapioca e temperos que lhe fazem viajar direto ao Peru [sem exagero, os ceviches são uma explosão de sabores, nota-se que os cozinheiros, além de terem ‘mão boa’ para cozinha, parecem ter estudado sobre a gastronomia peruana, sabem bem o que estão a fazer]. O menu apresenta algumas variedades de ceviche, e todas parecem muito interessantes [quando fu, tinha ceviche de salmão, peixe branco, bacalhau e polvo – todos muito bem complementados com ingredientes e temperos frescos e bem saborosos]. As porções são para compartilhar e bem servidas – eu e o marido provamos 4 variedades do cardápio e ficamos muito satisfeitos, muito mesmo. Tudo acompanhado de nossa habitual garrafa de vinho, for sure [era um branco italiano, chamado Memoro, boníssimo]. Provamos também os Tacos de Tartar de Novilho [gente, merecia um prêmio!], Polvo Assado com Purê de Batata Preto [polvo tenro, purê cremoso e adocicado, nham] e Quinoto do Mar [risoto de quinoa muito saboroso, com peixe, frutos do mar e espuma de ostra]. Depois de tudo isso, nem me atrevi a olhar o Menu de sobremesas….mas depois me arrependi – hahaha! Ah, em tempo: o couvert da casa é extremamente gostoso, não deixe de provar.

CEVICHE DE ATUM
O PURÊ DE BATATA PRETO – E A O FUNDO, QUINOTO DO MAR….COISA BOA!

#3 Copenhagen Coffee Lab

Quando entrei nessa cafeteria de vibe dinamarquesa [tem algumas unidades em Lisboa e acho que em algumas cidades da Alemanha e Dinamarca] me deparei com uma vitrine bem fofinha, com pães, sandubas, iogurtes, rolls….e tudo parecia gostoso – tudo é feito na cozinha central deles e distribuídos por todas as unidades. Os pães salgados são de fermentação natural e muito bons. Os cafés são de especialidade e em diversos métodos – eu escolhi meu Hario V60 de sempre, com grãos da África e não teve erro: o café era mesmo muito bom. Fomos para o café da manhã e experimentamos o Iogurte com Frutas e Granola, Pãozinho Multigrãos com Queijo, Geleia e Manteiga, Cinammon Roll e Roll de Cardamomo – tudo muito bem preparado, gostei muito. Um baita lugar pra um café da manhã gostoso ou ‘somente’ para saborear uma das muitas opções de bebidas com café. Para os ‘padrões de Portugal’ [mesmo em Lisboa, a capital] é um lugar caro [segundo alguns locais], mas não concordo: produtos de qualidade superior tem um preço diferente, quem fabrica estes produtos sabe disso, portanto não dá pra comparar um produto feito com ingredientes de qualidade com outros feitos com a matéria prima mais barata e que com certeza vai fazer mal à sua saúde….comida não é tudo igual.


#4 TimeOut Market

Essa belezura gastronômica eu já conhecia de outros carnavais: é o Food Hall que fica no Mercado da Ribeira e que eu já havia visitado há 2 anos atrás. Conta com mais de 40 espaços gastronômicos onde podemos provar de pizza a pregos [um sanduba típico de Portugal], pratos tradicionais portugueses a tartares inventivos, além de sobremesas. Dá vontade de comer tudo, sério mesmo, pois tudo parece interessante! Bom, e tudo o que comi em 2 visitas foi muito bom mesmo. Os restaurantes ficam no perímetro e as mesas compartilhadas ficam no meio  –  o mercado fica muito cheio na hora do almoço, mas você sempre encontra um lugarzinho na multidão. E, num lugar onde é possível comer de tudo – ou quase tudo – eu escolhi uma bela pizza: fazia uns 10 meses que eu não comia uma pizza de verdade [na cidade onde eu morava as pizzas eram meio esquisitas, claro que vez ou outra fiz pizza em casa mas não é a mesma coisa…]. A pizza era ótima [pizzaria Zerozero], massa super leve e molho gostoso – e uma pizza foi suficiente pra mim e o marido [não estávamos assim tão famintos este dia!]. Vá ao mercado, vá com fome e se possível leve muitos amigos para compartilharem muitas delícias.


#5 Confeitaria Nacional

Eu realmente gosto dos doces conventuais portugueses [veja AQUI meu post sobre estas maravilhas] e em Lisboa tem vários lugares ótimos para prová-los: um deles é a Confeitaria Nacional, que fica bem na Praça da Figueira, um lugar que com certeza você passará por. Então faça o favor de parar e comer vários doces com um espresso bem tirado…vale cada caloria.



onde comer pelo mundo

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Os doces conventuais portugueses https://www.comidacomafeto.com/doces-conventuais/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=doces-conventuais https://www.comidacomafeto.com/doces-conventuais/#respond Wed, 19 Dec 2018 10:00:25 +0000 http://www.comidacomafeto.com/?p=7111 Acho que todo mundo já provou algum doce conventual na vida [no Brasil podemos dizer que até são comuns] mas vocês sabem a história acerca deste tipo de confeitaria? A base dos doces conventuais é sempre ovos + açúcar, mas algumas receitas vão variando com a junção de amêndoas, canela, hóstia, fios de ovos, marzipã e até vinho do Porto. Apesar de a base dos doces ser sempre a mesma, não significa que têm o mesmo sabor, já que a forma de preparo e outros ingredientes adicionados irão alterar a textura e também o sabor de cada doce. Como o nome já diz, esses doces foram criados por freiras que viviam em conventos e mosteiros em Portugal há alguns séculos atrás: entre os séculos 13 e 14 Portugal era um grande produtor de ovos e exportava as claras dos ovos para produtores de vinho branco [as claras são usadas como ‘purificante’] e além disso eram também utilizadas para engomar roupas dos ricaços daquela época e produzir as hóstias. E o que fazer com tanto excedente de gemas de ovos? Doces, ora.

Inicialmente as gemas iam simplesmente para o lixo ou até eram usadas para alimentação de alguns animais, eis que alguém decidiu juntar açúcar a estas gemas e iniciar a confecção do primeiros Doces Conventuais – já que naquela época o açúcar estava super em voga , pois chegava em larga escala a Portugal. Isso sim é que é local food, que tanto se fala hoje em dia: produzir com o que se tem em mãos – e que naquela época eram as gemas e o açúcar.

Já a partir do século 18 os conventos começaram a comercializar estes doces, como forma de gerar renda para seu sustento. As receitas de doces conventuais são passadas de geração a geração, é muito bonito ver como são fiéis às receitas e principalmente ao método de preparo: a maioria dos produtores ainda fazem os doces de forma artesanal, utilizando tachos de cobre e mantendo viva toda sua história e tradição.

Eis que a cidade onde morei por quase um ano em Portugal – Alcobaça – tinha enorme tradição em se tratando de Doces Conventuais, já que lá está o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça: sua construção de estilo gótico foi iniciada em 1178 e classificado como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco em 1989. Aliás, para quem gosta de história, pesquise sobre D.Pedro I e Inês de Castro: uma linda porém trágica história de amor….o túmulo dos dois se encontra na Igreja do Mosteiro de Alcobaça, já que Dom Pedro I nasceu em Coimbra [não tão longe de Alcobaça e escolheu o Mosteiro para abrigar seu túmulo e de sua amada, já que era a construção mais monumental da região naquela época]. Aliás tem um filme sobre essa história de amor, eu assisti e gostei bastante – AQUI o trailer.

Alcobaça tem ótimas e conceituadas Pastelarias [confeitarias] para se provar os doces conventuais – e as opções são muitas! Em 2018 o Mosteiro de Alcobaça foi palco da ‘XX Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais’: foram 4 dias de mostra onde pudemos degustar imensa variedade de doces conventuais, além de licores, compotas e alguns outros produtos tanto de Portugal quanto de expositores que vieram de outros países. Além disso, rolou um espetáculo de Videomapping lindíssimo, projetado na imensa fachada frontal do Mosteiro, contando brevemente a história dos doces conventuais: sensacional – sem sombra de dúvidas foi uma das coisas mais belas e interessantes que já vi na vida:

 

Eu fui 2 dias à Mostra [porque somente em 1 dia não foi possível provar tudo o que eu queria!] e aqui conto um pouco sobre algumas das mais conhecidas [e também minhas preferidas] variedades de Doces Conventuais

#PÃO DE LÓ DE ALFEIZERÃO

Um clássico da confeitaria portuguesa! Um bolo simples feito somente com 3 ingredientes: ovos, açúcar e farinha de trigo. Porém o clássico Pão de Ló de Alfeizerão possui o interior quase líquido – segundo a história, foi um erro que ocorreu quando uma cozinheira estava fazendo este bolo especialmente para a visita de um rei e, apressada, tirou o bolo do forno muito antes do tempo usual de cocção, deixando o interior líquido, mas mesmo assim o rei amou e a ideia pegou [rimou!].


#cornucópia

As Cornucópias são muito tradicionais em Alcobaça e eu as provei pela primeira vez na Mostra: uma massa finíssima, crocante e suave, recheada com um ‘simples’ e tão especial doce de ovos moles, finalizado com uma pitada de canela. Apenas incrível como os sabores se completam…


#brisas do liz

Este é meu doce favorito, no Brasil é o famoso Quindim, com apenas uma adaptação: o coco ralado – a receita original portuguesa utiliza amêndoas. Este doce foi criado na cidade de Leiria, onde corre o rio Lis – daí o nome. Confesso que prefiro a versão brasileira – amo coco! Na foto, é o doce à direita.


#queijinho do céu

Imagine um marzipã recheado com um maravilhoso doce de ovos. Acho que não é preciso dizer mais nada…


#bába real

Já que hoje em dia não se usa mais as claras de ovos para engomar roupas, algo precisa ser feito com elas, já que a produção de doces conventuais utilizando somente as gemas corre a todo vapor. Toda pastelaria em Portugal tem enormes e lindos suspiros. O Bába Real consiste em um suspiro molinho por dentro, bem rígido por fora e arrematado com doce de ovos moles e canela.


#gargantas de freira

Este doce de nome estranho é típico de Covilhã, feito com folhas de hóstia banhadas em calda de açúcar e recheadas com fios de ovos. Simples e delicioso – eu particularmente adoro fios de ovos! Aliás, a folha de hóstia é feita com as claras dos ovos!


#toucinho do céu

Uma espécie de bolo [por sinal, sensacional] que, além dos ingredientes base, leva também doce de gila [uma variedade de abóbora]. Veja AQUI  a minha receita de Toucinho do Céu.


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mais INSPIRAÇÕES

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Toucinho do Céu https://www.comidacomafeto.com/toucinho-do-ceu/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=toucinho-do-ceu https://www.comidacomafeto.com/toucinho-do-ceu/#respond Sat, 01 Dec 2018 10:00:13 +0000 http://www.comidacomafeto.com/?p=7269 Acho que a primeira vez que comi Toucinho do Céu foi em uma confeitaria famosa em São Paulo e me lembro que gostei bastante. Depois só comi mesmo em Portugal [onde morei por 9 meses] e gostei mais ainda: comi em diversas confeitarias e era sempre muitíssimo bom! Durante o tempo que morei em Portugal, cozinhei algumas receitas tradicionais portuguesas, e essa é a minha versão da receita de Toucinho do Céu – um doce conventual, a base de ovos, açúcar e amêndoas. E muito…muito bom!


INGREDIENTES

500 gramas de açúcar

250ml de água

3 ovos inteiros

6 gemas

250 gramas de farinha de amêndoas

60 gramas de farinha de trigo

50 gramas de manteiga sem sal

1 colher de chá de canela


PREPARO

1. Coloque a água e o açúcar em uma panela e leve ao fogo. Deixe ferver até o alcançar o ponto de pérola [quando a coloração deste ‘xarope’ se torna perolada e um pouquinho espessa];

2. Desligue o fogo e deixe o ‘xarope’ esfriar um pouco – 20 minutos é suficiente,  depois junte os ovos batidos, as farinhas e a canela;

3. Mexa bem e leve ao fogo baixo, cozinhe sempre mexendo por 5 minutos – o doce vai engrossar um pouco;

4. Coloque em uma forma bem untada [fundo e laterais, ou use papel manteiga] e deixe esfriar por 15 minutos [sim, é isso mesmo, precisa esfriar um pouco antes de assar, parece sem lógica mas tem fundamento, pois o doce vai engrossar mais um pouquinho antes de ser assado];

5. Leve para assar a 180 graus por 25 minutos.


mais sobremesas deliciosas

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Onde Comer no Algarve https://www.comidacomafeto.com/onde-comer-algarve/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=onde-comer-algarve https://www.comidacomafeto.com/onde-comer-algarve/#respond Sun, 05 Aug 2018 11:23:32 +0000 http://www.comidacomafeto.com/?p=6375 O Algarve é uma região lindíssima de Portugal – é a região mais turística do país, abrangendo 16 municípios ao sul de Portugal. Lindas praias, cidades interessantes e muita comida boa para apreciar – e como a região é litorânea….peixes e frutos do mar fresquinhos é o que não falta. Mas a culinária no Algarve não se resume a isso: tem muitos restaurantes inovando com ingredientes locais e outros executando a culinária tradicional portuguesa de outras regiões do país. E por falar em ingredientes locais, no Algarve se produz Flor de Sal, Mel e Laranjas [são incríveis, excepcionalmente doces, nunca comi igual!]. Os pratos com Carapau, Camarão, Atum e Polvo são mesmo incríveis – de longe foi o melhor lugar onde já experimentei pratos preparados com estes ingredientes.

A primeira vez que visitei o Algarve foi em Janeiro de 2017 [no auge do inverno, peguei dias ensolarados com inacreditáveis 24 graus]. Fiquei poucos dias, pois tive um imprevisto pessoal e precisei mudar meus planos. Fiquei apenas 2 dias em Fuseta, uma pequena vila do Algarve, com meu amigo Kevin, e nesses poucos dias que estive por lá comi o que posso afirmar ‘um dos melhores peixes na brasa’ da vida: era apenas um peixe simples temperado com sal grosso e assado em uma churrasqueira a céu aberto. Assado ‘à perfeição’, posso dizer. Os peixes e frutos do mar preparados desta forma super simples são muito comuns nessa região e é mesmo uma delícia – e é tudo muito simples: os acompanhamentos normalmente são uma saladinha básica [alface, tomate e cebola] e batatas cozidas [as batatas de lá são especiais, acredite!]. Esse é o tipo de refeição que quando eu como, logo penso ‘gente, não preciso de mais nada’, afinal de contas, peixe com salada é minha comida favorita da vida! Um grande número de restaurantes das pequenas cidades serve refeições deste tipo [peixe/frutos do mar na brasa + salada + batatas], apesar de parecer sem graça, a comida é muito boa e a opção de peixes e frutos do mar é imensa. Mas como eu disse mais acima, existem por lá muitos restaurantes inovando com os produtos locais e outros servindo pratos tradicionais de outras regiões do país [no Algarve eu comi uma feijoada trasmontana sensacional!].

No início deste ano eu passei 6 semanas conhecendo o Algarve e comi tudo o que pude…haha…eis aqui minhas indicações de onde comer no Algarve.

#1 casa corvo – fuseta

O que rola é que este restaurante [localizado em Fuseta] tem uma churrasqueira no meio da praça – e eu achei isso simplesmente sensacional! É um restaurante comum, com mesas internas, porém do outro lado da rua tem uma enorme churrasqueira, mesas [de plástico!] e pronto – está feito! Como eu estava sem meu celular no dia em que almocei lá….peguei uma foto desta parte externa no Trip Advisor e roubei a foto do peixe do Facebook do meu amigo – voilá, problema resolvido, graças à tecnologia! Então basicamente neste restaurante a comida é a mesma, o lance é que você escolhe [entre uma enorme variedade] o peixe ou fruto do mar que quiser e eles grelham ali mesmo. Fiquei fã mesmo….meu peixe estava perfeito!

Escolha seu peixe….

Vai direto na grelha…

 

Voilà!


#2 7imeio wine bar – olhão

Olhão por si só é uma cidade super agradável e tem um mercado muito bacana – repleto de frutos do mar maravilhosos, uma pena que não pude comprar nada por lá e cozinhar, já que não tinha nenhuma cozinha disponível. E em meio a milhares de restaurantes super tradicionais, encontrei este Wine Bar com um cardápio mais contemporâneo e me dei bem: a comida é muito saborosa e criativa e a matéria prima em sua maioria são os produtos locais. O ambiente é bem casual e aconchegante e a carta de vinhos e cocktails é bem variada. Se não me engano os pratos eram pequenos [e os preços eram proporcionais] o que acho sensacional, assim é possível provar mais de um ou ainda pedir vários pratos e partilhar com todos na mesa. Comemos camarões com natas, que eu achei que seria algo muito simples e tradicional mas….não: o tempero estava incrível e me surpreendeu. Depois pedimos Tartare de Peixe Branco [o peixe estava MUITO fresco] e outros pratos que realmente não me recordo [ops!], mas envolviam carpaccio de atum [também muito fresco!] e alguns sushis. Tudo delicioso – mesmo!


#3 casa do polvo tasquinha – santa luzia, tavira

Santa Luzia é uma vila com pouco mais de mil habitantes localizada em Tavira. Santa Luzia é considerada a ‘capital do polvo’ e por lá eles dizem que tem o melhor polvo do mundo – sendo assim, parece que eu estava no lugar certo para provar pratos com um ingrediente que eu adoro, o polvo! Dentre tantas opções que pareciam super atraentes, escolhi a feijoada de polvo: super bem temperada [de forma geral, a comida em Portugal é muito bem temperada, como no Brasil],com o polvo bem tenro e bem coentruda – do jeito que eu gosto!


#4 rive gauche – tavira

Esse é um [ótimo] restaurante francês com um twist brasileiro – o chef é brasileiro e isso eu notei na primeira garfada, sério mesmo, a comida tinha um tempero a mais… O restaurante é bem charmosinho e fica em uma ruazinha linda. Assim que sentamos à mesa, nos serviram um couvert bem interessante: uma espécie de tartare de beterraba [que estava divino], palitos de vegetais crus e algumas pastinhas bem saborosas. Como entrada provei um reconfortante Bisque de Frutos do Mar [saboroso e sedoso ao extremo] e em seguida um Risoto de Aspargos com Pato – ah! Comida boa, vinho bom, musiquinha brasileira, carta de vinhos atraente e um ambiente bem acolhedor.

Não tirei fotos, então ‘roubei’ essa no Trip Advisor

#5 earth café – carvoeiro

Esse café, na linda Praia do Carvoeiro [essa praia vale e muito a visita!] tem um menu ‘all day brunch’ com todas aquelas delícias típicas desse tipo de refeição: ovos, bacon, abacate, feijões e pãezinhos gostosos. Eles tem uma bancada com uma vista bem bonita – já que estão localizados em uma parte mais alta da cidade. Eu queria comer tudo do cardápio, mas pedi apenas uma ‘panelinha’ de feijões pretos refogados com linguiça e ovos escalfados, muito bom. O marido experimentou os eggs benedict e gostou. Tem boas opções de cervejas e vinhos [taça ou garrafa]. Não fui muito feliz na sobremesa que escolhi, mas acontece. E além de tudo, nesse café tem vários produtos locais [e interessantes] à venda: mel, chocolates, flor de sal do Algarve, vinhos, marmeladas e várias coisinhas gostosas.



ONDE COMER PELO MUNDO

 

 

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