#1 Visite os museus e galerias – for free!

Edimburgo tem uma super diversidade de Museus e Galerias, todos com obras importantíssimas e a maioria com entrada com gratuita. O meu favorito é o Nacional Museum of Scotland: o edifício em si já é muito interessante e tem um pouco de tudo sobre todas as coisas. O extenso acervo conta, por exemplo, com artefatos dos povos super antigos, espécies de animais [inclusive a Ovelha Dolly, lembram dela?], exemplares dos primeiros telefones, telescópio e outras coisas do tipo, peças de design e moda e tem uma imensa parte sobre ciência e tecnologia…..é super interessante. e ainda abriga um terraço super bacana no último andar, com uma super vista sobre a cidade. Se tivesse que escolher somente 1 museu para visitar e Edimburgo, eu escolheria este.

Quem gosta de pintura, vai amar a Scottish Nacional Gallery, com seu lindo acervo de obras de arte de todos os períodos importantes da história – tem inclusive pinturas de artistas escoceses, que eu nunca havia visto! Já o Museum of Edinburgh conta um pouco sobre a história da cidade – bem interessante.

#2 conheça uma destilaria

Eu sou super curiosa e gosto muito de conhecer os processos de fabricação de cada produto – já visitei fábrica de mostarda e vinícolas na França, queijarias na Itália, chocolateria na Suíça, cervejaria na Alemanha e destilaria na Escócia: acho que é um programão! Me lembro de ter ficado muito surpresa ao ver o passo a passo da fabricação do Uísque, pois eu não tinha a menor ideia de como era feito. Gostei bastante!!  Em Edimburgo é possível visitar 2 destilarias que produzem Gin: a Edinburgh Gin Distillery ou a Pickering’s Gin. Mas se quiser conhecer mais sobre o Whisky tem o Whisky Tour & Tasting [não é exatamente uma destilaria, é um tour de degustação e explicações – é bem bacana também] ou então você pode ir a alguma destilaria, que ficam fora da cidade – veja aqui algumas opções. Nos tours das destilarias rola uma degustação no final – entre no site e veja as opções, algumas destilarias oferecem uma degustação mais complexa e até acompanhada de alguns petiscos.

#3 Admire as lindas vistas que a cidade oferece

Digamos que a geografia da cidade de Edimburgo é bem acidentada, criando assim partes mais altas onde se pode ter uma vista deslumbrante da cidade. O melhor lugar para se observar a cidade é o Arthur’s Seat: uma colina com 251 metros de altura – é uma área enorme, onde era um vulcão antigamente. Realmente é muito bacana [e seguro] caminhar por ali, observar a flora, o lago, as ruínas de uma antiga capela e, principalmente, a vista sensacional!  Aliás, fique atento pelas ruas da Old Town, pois lá também é possível encontrar alguns mirantes, às vezes meio escondidos. Outro lugar muito bacana pra admirar a vista e tirar algumas fotos bacanas: Calton Hill.

#4 Se jogue na comida local

Vou explicar brevemente sobre meus pratos favoritos da culinária britânica – acho que vale a pena provar todos eles. A comida tradicional da Escócia pode parecer um pouco pesada [e é] mas você não precisa comer muito…apenas prove!

Scotch Egg: no Brasil, bolovo, mas aqui a gema é sempre mais molinha], a camada de carne é feita com carne de porco bem temperadinha ou também black pudding e por fora é super super crocante!

Fish and Chips: não precisa de muitas explicações…o peixe utilizado normalmente é o bacalhau fresco [Cod] que tem sabor bem suave, acompanhado de pedaçudas batatas fritas e purê de ervilhas. Vale a pena experimentar, mas por favor, vá em algum bom estabelecimento ok?

Full Breakfast: esse é o tipo de prato que acho interessante experimentar, mas basta! Rsrs….mas de qualquer forma é interessante para um café da manhã tardio – tenho certeza que você demorará bastante tempo para sentir fome de novo! Consiste em linguiça, black pudding, cogumelos, tomate, feijão, ovo frito e torrada.

Scotch Pies: são as tradicionais e queridinhas tortas aqui da Escócia. Minha favorita é a Shepherd’s Pie – preparada com carne de ovelha e purê de batatas. Mas as tortas mais simples, feitas com massa e recheada com carne de vaca cozida na cerveja preta também é uma delícia e normalmente são servidas com purê de batata e gravy [como no fato abaixo].

Afternoon Tea: o famoso chá da tarde – mas que rola às 4 da tarde, e não às 5, como se diz no Brasil. O chá é servido com várias delícias para acompanhar, e devo dizer que vale por um jantar. Rolam mini sanduíches, bolos, macarons, scones com creme e geléia e por aí vai. Para se esbaldar.

Linguiça com purê de batatas e gravy: não sou mega hiper fã de linguiças, mas aqui na Escócia são bem tradicionais e acho muito saborosas, com pouco sal [as linguiças no Brasil são boas mas acho que são muito salgadas e tem algo meio artificial, corantes, que acabam ‘mascarando’ o sabor da carne].

#5 Conheça a fundo a história da cidade

Edimburgo é uma cidade muito antiga [surgiu no século VII] e extremamente rica em história – inclusive mal assombradas! Então eu sugiro tirar ao menos 1 dia inteiro para passear primeiro pela cidade antiga, parando em todos os monumentos importantes e lugares históricos. Repare nos edifícios, repare no traçado urbano, tudo é muito interessante. Na Royal Mille fica o Museum of Edinburgh: vale uma parada [entrada gratuita] para conhecer um pouquinho da história. Depois de passear pela Old Town, vá até a New Town – a parte ‘nova’ da cidade, que surgiu no século XVII – e perceba suas diferenças. Se quiser ter uma experiência realmente enriquecedora, faça um Walking Tour a pé pela cidade, com guias especializados. É um passeio muito bacana com alguém lhe contanto a história sobre absolutamente tudo sobre a cidade, inclusive fatos curiosos e algumas ‘lendas’. Neste WEBSITE onde é possível reservar estes tours, de forma GRATUITA!

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#1 The KITCHIN

Já vou começar pelo melhor restaurante que conheci em Edinburgh: o The Kitchin. Conheci o trabalho do chef Tom Kitchin através de uns livros dele que encontrei no restaurante onde eu estava cozinhando na França no verão do ano passado: achei tudo sensacional, ele valoriza muito os produtos locais e sazonais e me identifico muito com isso, portanto decidi ir conhecer. Reservei e fui – aliás, fomos eu e Patrícia, uma amiga minha que morava lá quando visitei a cidade, em julho de 2016. O restaurante é maravilhoso, do tipo que você percebe isso já na chegada: o atendimento é MUITO cordial! Não é um restaurante para ir toda hora, o preço é um pouco elevado (não elevado pelo o que eles servem, mas é apenas pelo fato de que ninguém quer gastar essa quantia todo dia, a menos que você seja o Bill Gates). Pois bem, fomos para o almoço, onde é oferecido um menu de 3 etapas (entrada+prato+sobremesa) por 33 libras, e você ainda pode optar pelo prato de queijos (por mais 7 libras) e harmonização de vinhos (são 3 taças pelo preço de 27 libras, super recomendo, pois harmonizar vinho com os pratos super valoriza o que está sendo servido pois os sabores e aromas se acentuam e obviamente o sommelier ainda lhe explica sobre o vinho que está sendo servido). Considero que foi um almoço sensacional – a fórmula boa comida, bom vinho, bom atendimento e bom ambiente por um preço que pode-se pagar é tudo o que o consumidor quer, penso eu. Se você gosta de experimentar novos sabores e conhecer restaurantes de boa gastronomia, vá ao The Kitchin – recomendável fazer reserva.

VEJA AQUI POST COMPLETO SOBRE A ESCÓCIA

#2 RYAN’S BAR

Esse é daqueles lugares super tradicionais de uma cidade (existe há 20 anos) e que fica aberto o dia todo, do café da manhã ao jantar, e também para uns drinques a noite. O cardápio do almoço é simples, sem muita firula, com pratos saborosos e bem servidos a um bom preço, um bom exemplo de comfort food muito bem feita – e ainda conta com opções de cervejas locais, que a atendente lhe explica e te uma amostra para provar! Tem pratos como Torta de Carne (Mince Pie, tradicional na Escócia), Fish and Chip’s (não provei dizem, que é ótimo), Saladas, Massas e outras coisinhas gostosas.

#3 THREE BIRD’S

Esse restaurante pequenino foi sugestão da minha amiga Patrícia e eu amei: uma comida bem executada e saborosa. A Escócia, em geral, não é muito conhecida pela gastronomia e seus pratos típicos, mas o que tem de sobra em Edinburgh são restaurantes fazendo pratos incríveis com ingredientes simples, locais e sazonais. E esse é um bom exemplo: no cardápio pratos deliciosos, bem executados e reconfortantes como esse Cozido de Coelho com Vegetais (na foto abaixo). Atendentes super amigáveis, ambiente confortável e menu do almoço por 12 libras (Entrada+Prato, sobremesas a partir de 5 libras.

#4 BREAD MEATS BREAD

Essa hamburgueria (cheia, diga-se de passagem) serve hamburguers deliciosos, além de acompanhamentos igualmente deliciosos – é o caso da batata doce frita servida com bacon crocante e regada com maple syrup! O burgers são simples e deliciosos – carne no ponto e pão fofinho. Lá eles servem Poutine: são batatas fritas ao estilo canadense, servidas com Gravy ou outros molhos, bem interessante! A noite fica bem cheia, tipo fila na porta, então chegue cedo ou espere na fila tomando uma cerveja!

#5 kanpai

Um restaurante japonês impecável – não encontrei nada com cream cheese no cardápio, ufa! Oferece várias iguarias interessantes da culinária japonesa e que não se encontra facilmente por aí, como por exemplo Ikura (ovas de salmão saborosas e que explodem na boca!)

#6 Auld Jock’s Pie

Um dos pratos típicos na Escócia é a tal Steak Pie, normalmente servida com Gravy e Purê de Batata – e eu estava na fissura por encontrar a trota servida exatamente dessa forma. E sabiam que foi difícil? É engraçado esse lance de comidas típicas…muitas vezes é difícil encontrar, em Edinburgh por exemplo vi muito essa torta para vender em Delicatessens da cidade, ou seja, para aquecer e comer me casa. Mas eis que nas minhas andanças encontrei um lugar meio escondidinho no meio da bagunça organizada da Grassmarket. Um lugarzinho mega simples e com uma torta bem gostosa, do jeito que eu queria. Caiu bem com uma cervejinha!

#7 Restaurant Martin Wishart

Esse é outro restaurante estrelado da cidade – e estrelas e reconhecimentos à parte, o restaurante é mesmo impecável! Atendimento super cordial, um sommelier atencioso pronto para lhe dar as melhores dicas sobre vinhos e harmonizar seus pratos de forma perfeita e uma comida executada com excelência. O Richard (meu namorado, que também é chef) quem deu a ideia para irmos a esse restaurante. Escolhemos o Menu de 3 pratos do almoço (32 libras super bem gastas), que começa com uns amouses bouches bem interessantes: um macaron de beterraba com queijo de cabra que estava sensacional, creme de batata (com textura de espuma) dos deuses e ainda uns snacks crocantes onde a base era uma espécie de Mandiopã (está na moda, by the way…) – e tudo isso era apenas antes da Entrada. Eles tem um carrinho de queijos (gente, como eu amo esse carrinho de queijos, um dia vou ter um na minha casa, haha) onde você escolhe de 3 a 5 variedades para degustar antes da sobremesa. Peça o café com petit fours depois da sobremesa – eu sou dessas que pede tudo o que o restaurante tem para oferecer, já que estou lá…! Sensacional restaurante, gostei muito! É bom reservar no site antes da visita.

#8 THE HAVEN

Se estiver procurando um lugar para um belo café da manhã na cidade, dá uma passada no The Haven: deliciosas e fofinhas panquecas, bolos saborosos, cappuccino super cremoso e um ambiente super gostoso. Eles tem até um Bolo de Pavlova – que eu amo muito! Por lá também é possível saborear Scones acompanhados de creme e geléia (super típico em todo Reino Unido, não deixe de provar!), Tartines lindas e até aquele Full Breakfast sinistro! Esse é daqueles lugares onde as pessoas trabalham felizes e tudo é fofo e bem feito.

#9 brew lab

Um café gostoso onde você escolhe seu método preferido: espresso ou coado. Bolos simples e gostosos. Água como cortesia. Mesas comunitárias ou poltronas confortáveis com mesas individuais para ficar lá por horas escrevendo – esse é o verdadeiro espírito de uma coffee shop, na minha visão.

#10 hector’s

E no super bacana bairro de Stockbridge fica esse Pub de ambiente amigável e boa comida – como todo bom Pub deveria ser! Fica abeto do meio dia a meia noite, então você pode almoçar, comer alguma coisinha a tarde ou jantar a noite, tudo acompanhado de bons rótulos de cerveja ou coquetéis clássicos como Bloody Mary. E a comida é gostosa que só…fico tão feliz quando vou a lugares assim onde TUDO é gostoso: tábuas de queijos, hamburguers bem feitos, tartines incríveis (experimentei a de caranguejo e abacate), confit de pato com lentilhas – passa lá e verás!

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Quando você vê alguma foto desses lugares em alguma revista ou site de viagem, os cenários parecem de mentira. E quando você vê pessoalmente, continua achando de mentira – comigo foi assim. As paisagens são surreais, são muito diferentes do que temos no Brasil e me impressionou muito – tudo é tão grandioso que se você não é profissional fica difícil conseguir mostrar a beleza do lugar através das fotos, fato!

E o céu? Ah…sempre azul, com lindas nuvens – mas em questão de segundos pode mudar. Isso mesmo, de repente vira o tempo, começa um ventinho frio…esse é o verão escocês, com temperatura média de 20 graus. Então se você está procurando um lugar pra curtir o verão, melhor ir para a Riviera Francesa. Mas se você quer conhecer a Escócia e não gosta muito de frio: vá no verão. As cidades estão movimentadas, tem os festivais de música, teatro, comida…Comida! Então, por falar nisso, eu tinha impressão de que por lá se comia muita batata, gordura e poucos alimentos frescos. Sim, eles comem  –  porém não foi somente isso o que eu vi.

A impressão é que a comida no Reino Unido renasceu nos últimos anos – onde as frituras e carnes gordurosas deram lugar aos vegetais frescos, peixes e frutos do mar, onde pode-se provar pratos refrescantes, modernos e de sabores inusitados. Me inspirou bastante. Me surpreendeu. Me fez querer continuar minha descoberta pela cultura alimentar por onde quer que for. Percebi lá o apego pelo alimento fresco. A valorização do produtor local, e acho isso tudo fabuloso – pois nada como um alimento super refrescante e que você sabe que não veio de tão longe, sendo assim o impacto ambiental é um pouco menor.

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Permaneci na Escócia por 30 dias, sendo que a maior parte do tempo fiquei em Edinburgh – hospedada na casa de uma amiga (Patrícia), depois fui conhecer as Highlands e também Glasgow.

#PRIMEIRA PARTE – EDINBURGH

Na minha visão, é uma cidade fofa, segura e com muitas opções de ótimos restaurantes, cafés, pubs…fiquei lá um pouco mais de 20 dias e não foi suficiente para comer tudo o que tive vontade! São muitas opções de hamburguerias, indianos, italianos, japonês, contemporaneo…tem restaurante para todos os gostos e bolsos.

Alguns restaurantes trabalham com produtos totalmente sazonais e somente de produtores locais – no The Kitchin, por exemplo, quando você senta à mesa eles te dão um pequeno mapa mostrando de onde vem os produtos que eles utilizam. Esse restaurante pra mim é um exemplo! Conheci esse chef através de alguns livros que tem no restaurante onde estou trabalhando, e achei sua culinária incrível. Simples, saborosa, sazonal – especial mesmo. Portanto tratei de colocar seu restaurante na minha listinha (ok, listona!) e lá fui eu (eu e Patrícia, a amiga com quem fiquei hospedada). Optamos pelo horário do almoço, eles tem um Menu com 3 pratos + tábua de queijos por 39 libras – e considerando o tipo de comida que eles servem e o preço dos restaurantes em geral na cidade, posso dizer que esse preço é mega amigável. A comida é saborosíssima, super interessante e os queijos são realmente especiais! Todos locais, claro, e são servidos com chutney de tomate, mel e oat cakes (biscoitos de aveia deliciosos super comuns por lá, viciei, amo aveia, ah!). E tem opção de harmonizar o Menu com vinhos – óbvio que escolhi essa opção e digo que fez toda a diferença. O almoço lá foi realmente especial e fico muito feliz quando tenho a oportunidade de conhecer um restaurante impecável, e devo dizer que não me importo com estrelas michelin e  etc, mas sim com a filosofia do local e o tipo de alimento servido. Sem estrelismo, sem afetação, sem blá blá blá. Apenas boa comida, bom vinho, bom ambiente.

Claro que fui atrás dos pratos mais tradicionais do país, como por exemplo Haggis (sinistro: resumindo é uma mistura de vísceras de carneiro com aveia), Steak Pie com Gravy e Purê de batata (comfort food total!), Sticky Toffee Pudding (uma sobremesa mara, que consiste em um bolo de consistência incrível, servido morno com caramelo e sorvete) e carne vermelha de todos os tipos – Aberdeen Angus, Bufallo, Venison (não sou mega fã de carne vermelha mas experimentei algumas, ainda mais por saber que na maior parte das fazendas o gado é criado solto e alimentado sem hormônios e outras coisas horrorosas) . De Fish and Chips eu passei longe – não tem nada de especial, sério. Em termos de comida, o que Edinburgh tem de legal? Todos os tipos de (bons) restaurantes, algumas boas cafeterias (onde sempre tem bolos e tortas deliciosos). E o que tem de não tão legal? Feiras e mercados de rua. Fui em alguns e são muito “pobrinhos”, quase não tem muita coisa interessante….uma pena.

#SEGUNDA PARTE – AS HIGHLANDS

As Highlands são as áreas montanhosas da Escócia, ou as “terras altas”, onde a natureza é exuberante – pelo caminho você vê castelos, lindas cidades, montanhas e lagos, é realmente um lugar maravilhosos. Eu e a Patrícia decidimos explorar as Highlands por alguns dias. Traçamos um roteiro, alugamos um carro e pé na estrada. Primeira parada: STIRLING – uma cidade fofíssima (ok, todas são) no caminho para a Ilha de Skye. A cidade é linda e super agradável pra dar uma volta, e também cheia de história: lá fica o monumento a William Wallace (ele lutou bravamente contra a Inglaterra pela independência da Escócia – é a história narrada no filme Coração Valente). O monumento, que fica no alto de uma colina, foi construído em 1868 e é aberto para visitação, onde em cada nível (são 3) podemos conhecer um pouco mais sobre toda essa história, que foi super importante para o Reino Unido. No topo da torre temos uma vista magnífica da cidade e do Rio Forth. É bem interessante. Me alonguei muito nesse assunto, é porque adoro história!

E bora lá porque a viagem só começou. Passamos pouco tempo em Stirling porque saímos de Endinburgh as 10 da manhã e o plano era chegar na Ilha de Skye até umas 9 da noite, parando em alguns lugares interessantes pelo caminho – e tem muitos! Nova parada, agora na cidade de LUSS mais especificamente no LOCH LOMOND (Loch = Lago  ok?). Eu havia dito que as cidades de Edinburgh e Stirling eram fofas? Tá, talvez essa seja mais. Achei a cidadezinha encantadora, um daqueles lugares que transmitem paz, sem explicação. O dia estava bonito quando chegamos lá. Algumas pessoas brincavam na areia, outras no caiaque e alguns se arriscavam nadando no lago (o verão escocês, como você pode imaginar,  não é nada parecido com o Brasil, mas qualquer 18 graus e um mínimo raio de sol o povo já está se jogando na água). É bonito de se ver, sério mesmo – as pessoas ficam mega felizes quando o clima muda, quando chega o verão!

Ainda no caminho paramos em PORTREE, que já é na Ilha de Skye. A ilha é grande, quanto mais ao norte, mais interessante vai ficando, mas infelizmente não tínhamos muito tempo disponível – nosso roteiro foi para 4 dias e queríamos visitar outras cidades no caminho de volta para Edinburgh.

Viajar de carro pela Escócia é uma ótima ideia, porque o país não é tão grande (se você tiver 30 dias disponíveis creio que dá pra conhecer o país inteiro!), as estradas são super seguras, não tem pedágio e as paisagens são lindíssimas – coisa de filme!

Pelo caminho paramos na cidade de MUIR OF ORD só para conhecer uma destilaria de Whisky – Glen Ord. Eu realmente gosto de saber como as coisas são feitas, é sempre muito interessante. A destilaria era muito bacana, pudemos conhecer todo o processo e a guia explicava tudo muito bem – dava para perceber a paixão dela pelo lugar.

Essa trip foi bem interessante e pra quem quiser saber meu roteiro, foi o seguinte:

Stirling, Luss, Portree (Skye Island), Inverness, Lago Ness, Fort Augustus e Saint Andrews – dá uma olhada no mapa.

#TERCEIRA PARTE – GLASGOW

E já que eu fui até a Escócia, porque não conhecer também Glasgow? Alguns dias após voltar das Highlands, peguei um ônibus no meio da semana e 1 hora e 20 minutos e 3 euros depois eu estava lá. Confesso que minha primeira impressão sobre a cidade foi “Hmm, estranho”, mas aí saí procurando por comida e ficou tudo bem… No caminho pro meu hostel encontrei uma cervejaria mega legal, Drygate Brewery (pausa – as cervejas na Escócia, na minha opinião, deixam um pouco a desejar, então quando você encontra alguma que agrade seu paladar meu conselho é: fique com ela!), fabricação artesanal e uma parede com as torneiras de onde saem todas as cervejas. E ainda comi um hamburgão de cordeiro delícia pra encerrar a noite.

Dormi uma noite em Glasgow e achei que é suficiente – a cidade não é tão grande e não tem tanta coisa interessante pra ver e fazer (com todo o respeito senhora Glasgow).

Uma parte de Glasgow que gostei bastante é o West End: as ruas são bonitas, tem ótimas cafeterias e restaurantes, o Jardim Botânico e um dos museus mais bacanas que já visitei, com obras super importantes de Dali, Monet e outros – Kelvingrove Art Galery. E detalhe: a entrada é gratuita, como muitos museus do Reino Unido.

O saldo dessa viagem: alguns quilos a mais, muitas surpresas e satisfação. Gostei de tudo o que vi e o que comi. As paisagens pela estrada são mesmo de tirar o fôlego, são especiais, te fazem sentir ainda mais feliz – um tanto inexplicável, um tanto especial. Bons momentos. E não só a Escócia foi uma surpresa na minha vida: toda a minha viagem pela Europa está sendo, pois visitei alguns lugares que eu não havia planejado e deixei de visitar outros que estavam nos meus planos.

É, a vida é mesmo cheia de surpresas – e eu gosto disso!

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