Road trip: Sul da Espanha


Road trip: Sul da Espanha

Uau, faz meses que não posto nada aqui no blog – mil coisas. Finalmente hoje vim escrever esse post sobre essa trip que fiz com meu marido em Junho, quando comemoramos nosso aniversário de casamento [6 anos esse ano], e decidimos que sempre iremos fazer uma viagem nesta data, como se fosse uma nova lua de mel. Por enquanto o plano está indo bem: no ano passado fomos pra Corfu, na Grécia [foi uma viagem mais do que maravilhosa, não tem post aqui, mas tem muitos stories salvos lá no INSTA].

Esse ano eu estava planejando uma trip para o sul da França: eu já fiz essa viagem sozinha, em 2015, e meio que sempre quis voltar com alguém especial, mas a trip acabou não rolando, e de última hora decidimos ir para a Espanha. A trip durou 8 dias, e visitamos CADIZ, JEREZ E SEVILHA.

Pegamos um voo direto aqui de Edimburgo para Sevilha, chegando lá alugamos um carro e dirigimos até Cádiz [rapidinho, 1 hora e meia de estrada boa e sem pedágio!]. Durante nossa estada em Cádiz fizemos um bate e volta até Jerez [ah, os vinhos], depois de 4 dias voltamos para Sevilha e ficamos por lá por mais 3 dias. Vou explicar tudo abaixo.


AEROPORTO DE SEVILHA – CADIZ

Pé na estrada: chegamos em Cádiz pouco depois do meio dia, fizemos check in no nosso hotel [ficamos hospedados em uma área chamada La Vina, gostei bastante] e logo fomos andarilhando em busca de comida e bebida. Em tempo: em toda viagem que eu faço, eu pesquiso sobre bons lugares para beber e comer, inclusive pesquiso até horário de funcionamento, que é pra encaixar mesmo nos meus planos. Aliás, é bom saber que a Espanha tem horários bem peculiares em se tratando de bares e restaurantes: basicamente todos os lugares funcionam entre 1 e 3 ou 4 da tarde, depois fecham e só reabrem a partir das 7:30 / 8 da noite. Logo tive que me acostumar a jantar mais tarde. No problemo.

Paramos num lugarzinho muito massa chamado TABERNA CASA MANTECA – era tudo o que eu queria: mesinhas na rua [tranquila], cerveja boa gelada e umas tapas riquíssimas: comemos de tudo um pouco, entre queijo de cabra com geleia de aspargos, carpaccio de atum, croquetas de jamón e umas Tortillitas de Camarones. Claro que tomei também um bom vermute, porque sou fã e a Espanha é boa nisso!

Cádiz é uma delicinha de cidade praiana: tem uma atmosfera até tranquila – mas aos finais de semana bomba! Tive a impressão que muitas pessoas que moram ali na região passam os fins de semana em Cádiz na época do verão. Achei as pessoas muito tranquilas, simpáticas e te tratam muito bem! Eu adorei essa cidade.

Confesso que não tirei muitas fotos da cidade e tampouco de todos os restaurantes que fui – estava um pouco off – mas vou deixar aqui abaixo umas indicações de onde visitar e ONDE COMER EM CÁDIZ:

# MERCADO CENTRAL DE ABASTOS: um super mercadão, maravilhoso pra comprar bons ingredientes [peixes e frutos do mar / frutas e vegetais] e também tem uns lugarzinhos pra comer – eu e o marido sentamos em uma taberna pra tomar um Fino e comer uns queijos e embutidos locais. Pra quem não conhece [eu não conhecia tanto antes dessa trip] Fino é um dos vinhos tradicionais de Jerez, produzidos com as uvas Palomino. Delicado e sutil – servido geladinho, é um aperitivo e tanto! Eu meio que me apaixonei.

Outros lugares sucesso para comer e beber por lá – porém sem fotos, perdona me.

# TABERNA LAS BANDERAS: tem muitos vinhos em taça e alguns bons vermutes, além de comidinhas como queijos, embutidos e anchovas.

# TABERNA EL TIO DE LA TIZA: esse restaurante tinha uma vibe muito gostosinha, eu amei demais. Fomos para jantar, tinham muitas mesas em uma praça [sim, bem no meio da praça, sem muita regra], uma comida simples e super deliciosa, vinhos bons. Acertamos em cheio! Comemos muito bem aquela noite.

# TABERNA LA MANZANILLA: essa taberna é um lugar mega interessante – fica em uma ruazinha bem singela, e se bobear você passa batido. É daqueles lugares antigos e tradicionais. A taberna é muito pequena, mantém as características arquitetônicas que eu julgo serem originais e só vende 1 produto: vinhos de Jerez. O legal é que você encosta ali no balcão, o dono te atende e te recomenda algo, dependendo do que você goste mais, ou menos. Eu fiquei ali trocando uma ideia com ele, ouvindo um pouco as explicações sobre os vinhos que ele tinha por lá. Ai ele te serve umas azeitonas e você degusta seu vinhozinho. Um lugar para uma parada rápida – que tal um aperitivo antes do jantar? – e imperdivel para quem gosta de conhecer mais sobre a cultura e produtos locais.

# RESTAURANTE ENTRE CASTILLOS: esse restaurante não estava na minha lista. estava passando, dei uma olhada no menu do dia e resolvi arriscar. Pedi um simples peixe grelhado com uma salada [essa é minha comida favorita da vida] e fui muito…muito feliz!

# RESTAURANTE SONAMBULO: esse lugar é um must go se você quiser uma refeição especial. Esse restaurante foi um verdadeiro achado – um lugar muito aconchegante, com serviço de primeira e comida pra lá de especial. Uma pena que no habemus nenhuma foto deste lugar.


UM BATE E VOLTA ATE JEREZ

No terceiro dia de viagem fizemos um bate e volta até Jerez – claro que eu não podia deixar de visitar esse lugar que produz vinhos maravilhosos, e que, num geral, conhecemos pouco sobre. Meia horinha de estrada estávamos em Jerez. É possível ir de trem ou de ônibus. Hoje em dia eu tenho um pouco de preguiça do rolê trem / busão, a menos que seja muito fácil e rápido. Caso contrário, alugo um carro e faço meu horário.

Chegando em Jerez, fomos dar uma volta pela área central e passamos pelo Mercado Central de Abastos [sim, e o mesmo nome do mercado de Cadiz], que devo dizer, é bem caótico e tumultuado. De lá caminhamos até o ALCAZAR DE JEREZ, tem uma praça super bonita e um pouco bucólica por ali. Admiramos um pouco a paisagem, tiramos algumas fotos e fomos para nossa degustação de vinhos na BODEGA CAYETANO DEL PINO. Primeiro rola um tour bem legal e explicativo pelas instalações deles, e depois degustamos 4 dos vinhos que eles produzem: Fino, Amontillado, Palo Cortado e Cream. Os vinhos de Jerez, basicamente, são vinhos fortificados, para serem degustados ou como aperitivo [no caso dos Finos e Amontillados, servidos gelados, são mais leves] ou como vinhos de sobremesas e/ou digestivos [Palo Cortado e Cream]. Eu curti muito o tour e os vinhos – e nos meus dias em Sevilha, experimentei muitos vinhos de Jerez pelas bodegas da cidade.

De lá, foi mais uma pernadinha até a Plaza del Arenal – la paramos para petiscar na TABERNA JEREZ: um restaurante muito bem recomendado, que achei bom, mas também nada de especial. Alguns vinhos e tapas depois, voltamos para Cádiz.

Jerez não tem lá tanto o que se ver e fazer, só acho que vale ficar hospedado lá caso você queira ficar em um hotel especial [tem alguns, que pertencem a umas Bodegas] que organizam algumas atividades específicas e também jantares harmonizados. Caso contrário, um bate e volta está de bom tamanho. .


Por fim, no quarto dia de viagem, dirigimos de volta até Sevilha

Pé na estrada novamente: devolvemos o carro no aeroporto [não precisa de carro em Sevilha, usei muito táxi, funciona muito bem!] e fomos fazer check in no nosso hotel. Em tempo: antes de partirmos para essa viagem, eu estava acompanhando a previsão do tempo e fiquei um pouco apavorada, porque a temperatura média estava em torno de 34 graus. Eu definitivamente não me dou muito bem com altas temperaturas! Para minha sorte, o termômetro baixou para uns 27 – 30 graus quando eu estava por lá – o que ainda é bem quente, mas nada desesperador.

Sevilha é uma cidade mega intensa, com uma vibe legal e alegre, parece que tem muita coisa acontecendo, sempre! De fato tem um milhão de lugares legais para comer e beber, fica até um pouco difícil decidir onde ir. Dá assim uma vontade imensa de ficar ‘perambulando’ de bar em bar, de bodega em bodega, comendo e bebendo tudo o que a cidade tem para oferecer. Ficamos 3 dias e meio em Sevilha e foi suficiente para conhecer [e comer] tudo!

Nas fotos abaixo: SETAS DE SEVILLA. É uma mega estrutura construída sobre a Plaza de la Encarnación. Interessante, ousada, cheia de vida. Amo essas intervenções que trazem mais uso para a cidade. A história conta que em 1800 e poucos havia um mercado [feira] nessa praça, que foi demolido bem mais tarde, em 1973. Lá em 2004 lançaram um concurso de ideias para a praça – e nada melhor do que isso para encontrar um projeto que se encaixa perfeitamente na necessidade de um espaço ou cidade. A construção foi inaugurada em 2011, e diversas atividades acontecem ali: apenas caminhar pela praça, para admirar e entender o espaço já é uma bela atividade por si só. A cobertura é um mirante 360 graus, onde podemos andar, e de noite fica muito atraente com sua iluminação toda colorida. Todo o entorno é repleto de restaurantes, bares, cafés e lojas. O mercado ganhou um espaço coberto e organizado. Um putsa projeto interessante!

Ah, em tempo: uma coisa que fizemos e recomendo muito é ir ver uma apresentação de FLAMENCO – é realmente muito bonito e até emocionante, dá para sentir a paixão dos artistas por essa cultura maravilhosa. Fomos assistir uma apresentação no Museo del baile Flamenco. Aprovadíssimo.

E se a cidade que vou visitar tem rio, eu com certeza farei um passeio de barco, gosto muito de ver a cidade de outro ângulo – e em Sevilha não foi diferente.

Outra atividade imperdível em Sevilha é visitar o bairro chamado TRIANA: fica do outro lado do rio, tem uma vibe um pouco mais tranquila e um mercado pra lá de sensacional [veja aqui na lista abaixo]. Por favor, não perca este bairro, e muito menos seu Mercado.


ONDE COMER EM SEVILHA

Vou listar brevemente aqui os meu lugares favoritos para comer em Sevilha. Como eu e meu marido curtimos muito gastronomia, sempre pesquisamos onde comer e, num geral, sempre reservamos. Por exemplo: se voce quer ir a um restaurante super legal, que serve menu degustação ou qualquer outra experiencia super interessante, precisa necessariamente reservar – e isso vale para qualquer cidade do mundo! Bora la entao para minhas recomendaçoes de onde comer em Sevilha.

#1 MERCADO DE FERIA

Essa foi nossa primeira parada assim que chegamos em Sevilha – foi uma caminhadinha rapida do nosso hotel. Esse Mercado e aquela vibe de sempre em locais como esse: ingredientes locais e de boa qualidade [que normalmente nao se encontra facilmente] e varios restaurantes gostosinhos. Varios mesmo! Eu fiquei com vontade de ir em todos, mas tudo estava muito cheio de gente sendo feliz com boa comida, bebida e papo, enctao sentamos mesmo onde tinha lugar – Jaleo.

Pedimos umas cervejas locais bem geladinhas e algumas Tapas: boquerones fritos [anchova frita – uma delicinha!], salmorejo con ajo blanco [sopa fria típica da Andalusia], patatas bravas e alguns pintxos de anchovas com azeitona [chama-se Gildas, achei fofo!]. Foi um bom começo, com certeza.


#2 Vinoteca Lama la uva

Uma enoteca e loja de vinhos. Em nosso primeiro dia em Sevilha, paramos lá para comprar uma garrafa de algum vinho legal, pra tomar uns aperitivos no nosso hotel, entre um passeio e outro, já que tínhamos um pateo super agradável. Levamos então uma garrafa de vinho laranja orgânico. Espanhol, por supuesto. Muito bom.

Outro dia voltamos para bebericar um vinhozinho por lá. O conceito é bem interessante: eles não tem uma carta fixa de vinhos. O sommelier conversa um pouco com você, pergunta o que mais gosta e então te sugere algumas opções dentro de suas preferências e budget. Achei que funciona legal. Experimentamos alguns vinhos brancos, charcuterie e queijos [um tapa na cara da harmonização de vinhos, diga-se de passagem, mas estava um dia muito quente…]. Tudo local. Tudo gostoso. Essa enoteca fica ali junto das Setas de Sevilla. Passe lá, você vai gostar!


#3 El riconcillo

Esse lugar é absolutamente fantástico, uma joia, e acho mesmo que é imperdível visita-lo caso você vá para Sevilha [dica sensacional: se você quiser uma mesa, precisa reservar, caso contrário, dá pra ficar ali pelo balcão, o que super recomendo, porque dali você vê todo o movimento da cozinha e do bar, e conversa com o pessoal mega simpático que atende no balcão, além de também interagir com outros clientes. Ah, e conseguir um lugar ali, mesmo no balcão, é bem disputado, então a dica é chegar cedo, tipo na hora de abertura mesmo, porque 5 minutos depois disso já se forma uma fila imensa na rua.

Encoste ali no balcão, peça uma bebidinha [tem algumas cervejas, vinhos e vermutes] e divirta-se com o menu: tem muita opção gostosa, os preços são muito honestos e a comida é realmente boa. Os caras sabem o que estão fazendo: o local foi fundado em 1670, é um estabelecimento clássico da cidade, e que mantém sua autenticidade e qualidade nos produtos e no atendimento – é  de se admirar um local como esse, eu fico até meio emocionada… Sempre vale prestigiar estabelecimentos como esse que, apesar de serem super conhecidos e já terem sua fama, continuam com o bom trabalho, porque no fim, e ‘só isso’ o que eles querem: fazer um bom trabalho.


#4 MERCADO DE TRIANA

Nossa, esse Mercado, eu nem sei como explicar: gostei no momento em que coloquei os pés. Não é muito grande – o que acho ótimo – e é o típico Mercado: legal pra encontrar ingredientes diferentes e tem muitos lugarzinhos pra sentar e comer umas tapas, acompanhadas de um bom Vermute ou um vinho gostoso. Eu e meu marido, quando vamos em lugares assim, gostamos de sentar em vários lugares para comer e beber. Sim, a gente aproveita o máximo – sem sombra de dúvidas!

Primeiro sentamos em um lugarzinho pra beber algo fresco [vinho laranja e vermoute] e comer uns pintxos. Depois paramos pra comer um Jamon [foi dos melhores que ja provei] e da-lhe mais vermoute. Por fim, claro, provamos uma Paella – que estava bem gostosa, mas nada de extraordinario. Depois de tudo isso, haja mais andanca pela charmosa TRIANA.


 

#5 LA AZOTEA, LA TIENDA DE TAPAS

Conforme eu disse lá no começo do post, eu sempre reservo com antecedência os restaurantes que quero muito conhecer, e sempre tenho uma espécie de ‘listinha backup’ com outros lugares para comer, caso haja oportunidade. Esse era um destes lugares – e ainda bem que fomos! Esse bar de tapas tem uma proposta um pouco mais contemporânea, utilizando algumas receitas tradicionais e ingredientes locais.

Muito bom estar de férias, sentar em um bom bar de tapas com a sua pessoa preferida no mundo, provar comida e bebida de boa qualidade e observar o movimento da rua em uma noite quente. Nessa noite rolou: vinho rose [so tomei vinhos locais nessa trip, obvs!], sardinha com brioche, peixe grelhado com ajo blanco, ensaladilla rusa [uma especialidade local – basicamente batata cozida, atum e maionese. Essa aqui tinha um twist: o atum era muito bom, e a maionese, leve e perfeita. Prove!].


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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